N.º 51 (1999)
Director/a
Ana Vieira
Redação
Adelina Precatado, Ana Boavida, Ana Paula Canavarro, Conceição Rodrigues, Fátima Guimarães, Fernanda Perez, Helena Amaral, Helena Fonseca, Helena Rocha, Henrique Guimarães, Lina Brunheira, Maria José Bóia, Paula Espinha e Paulo Abrantes.
Colaboradores permanentes
A. J. Franco de Oliveira - Matemática
Eduardo Veloso - "Tecnologias na Educação Matemática"
José Paulo Viana - "O problema deste número"
Lurdes Serrazina - A matemática nos primeiros anos
Maria José Costa - História e Ensino da Matemática
Rui Canário - Educação
Colaboraram neste número
Admur Pamplona, Anabela Gaio, António Baeta Oliveira, António Bernardes, Carlos Veríssimo, Cristina Loureiro, Fátima Grais, Francisca Sousa, Helena Paradinha, João Barroso, José Carlos Frias, Luís Barbosa, Manuel Arala Chaves, Margarida Oliveira, Maria José Costa, Otília Moreirinha, Paula Teixeira, Rita Bastos, Teresa Colaço e Wanderleya Costa.
Sobre a capa
Libertação
A gravura que publicamos na capa, intitulada Libertação, é uma litografia realizada por M. C. Escher de cujo nascimento passaram 100 anos em 1998. Na apresentação que fez das suas gravuras de uma das suas publicações, o autor inclui-a numa categoria a que chamou Divisão regular de superfície - a sua "fonte mais rica de inspiração", como ele próprio declarou - e num subgrupo que denominou Desenvolvimento de forma e contraste.
Libertação constitui um bonito exemplo das conhecidas metamorfoses que Escher criou e é descrita pelo autor do seguinte modo: "Sobre a superfície cinzenta de uma tira de papel que se desenrola, efectua-se uma evolução debaixo para cima, relativa, simultaneamente, à forma e ao contraste. Triângulos, primeiro quase imperceptíveis, transformando-se em figuras complicadas, enquanto que, ao mesmo tempo, o contraste de cor entre eles se torna mais forte. No meio aparecem completas, como aves brancas e pretas. A partir daqui, continuam para cima, libertando-se umas das outras, e voam em direcção ao mundo como entes independentes. Em consequência, desaparece a tira de papel, sobre a qual haviam sido desenhadas" (Escher, Gravuras e Desenhos pág. 9)
Da terra ao ar, do chão ao céu, matéria informe, inanimada, presa, subindo, anima-se progressivamente numa ascenção de formas cada vez mais nítidas, mais individualizadas, mais libertas, até que se soltam num voo de pássaros.
Lembramo-nos que neste ano de 1999, passaram vinte e cinco anos do "25 de Abril".