N.º 70 (2002)

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Director/a
Joana Brocardo

Sub-Director/a
Adelina Precatado

Redação
Alice Carvalho, Ana Paula Canavarro, António Fernandes, Elisa Figueira, Fátima Guimarães, Helena Amaral, Helena Fonseca, Helena Rocha, Isabel Rocha, Lina Brunheira, Manuela Pires, Maria José Bóia, Paula Espinha e Paulo Abrantes.

Colaboradores permanentes
A. J. Franco De Oliveira - Matemática
Eduardo Veloso - "Tecnologias na Educação Matemática"
José Paulo Viana - "O problema deste número"
Lurdes Serrazina - A matemática nos primeiros anos
Maria José Costa - História e Ensino da Matemática
Rui Canário - Educação

Colaboraram neste número
Ana Maria Boavida, Anabela Gomes, Branca Silveira, Eduardo Dinis, Elsa Fernandes, Henrique M. Guimarães, João Carlos Frias, Joaquim Cândido Machado, Jorge Nuno Silva, José Duarte, José Manuel Duarte, Maria Carolina Marques, Rita Carmo, Sílvia Machado e Sónia Mendes.

Sobre a capa
A capa é da autoria de António Marques Fernandes.

As capas de 2002
As primeiras das capas deste ano foi dedicada a Leonardo da Vinci. Corresponde basicamente a uma montagem, envolvendo desenhos do próprio Leonardo, em que se pretendeu criar um ambiente de certa intimidade entre os conceitos matemáticos e a natureza humana.

Quanto à segunda capa, corresponde ao número 67, ela é muito descritiva. Tal como a anterior pretende homenagear um grande vulto, neste caso o matemático Pedro Nunes. A capa é construída sobre dois objectos, um deles, um astrolábio ao qual se encontra acopolado um nónio, o segundo a representação da famosa loxodromia. Embora aparentemente simples, trata-se de uma das capas tecnicamente mais difíceis de obter já que, na sua concepção, estiveram envolvidos meios tão diferentes como modelação 3D, desenho vectorial e software matemático.

A capa do número 68 destaca, não uma pessoa mas a secção dedicada ao Ano Temático intitulado de Matemática e Profissões. Para obter modificaram-se, usando software, detalhes de um quadro de Laurent de la Hire (1649), de modo a estabelecer uma dicotomia entre o estudo teórico, e abstracto, e a sua aplicação concreta que é, na capa, simbolizada pela mão que segura o esquadro e o compasso.

No caso do número temático, a respectiva capa pretende descrever, em termos gráficos, o próprio tema abordado naquele número - a iliteracia. Por um lado, a presença de objectos, com componentes reconhecíveis, mas cujo conjunto permanece enigmático, tenta constituir uma definição metafórica do conceito em si. Outros, por seu lado, tentam descrever o drama humano que se encontra associado à proliferação do fenómeno.

Finalmente chegamos à capa do presente número. É inspirada num dos artigos que aborda aspectos relacionados com a problemática da compreensão dos objectos matemáticos. Trata-se de um desafio insuperável, este de caracterizar essa interacção, em termos gráficos. Ainda assim, é de tal modo interessante, que é impossível não o tentar vencer, mesmo sabendo que isso é impossível. Em certo sentido a matemática é uma substância vítria, mas de formas complexas, que só se deixam perceber se conseguirmos eliminar as ilusões criadas pela interferência da luz do nosso próprio entendimento. Essa luz entra e sai pela cúpula que, a propósito, é a cúpula do museu Guggenheim de Nova Iorque, projectada pelo grande arquitecto Frank Loyd Right.

Agora, que o leitor já me confundiu com um artista é altura de não escrever mais nada.

António Marques Fernandes
Instituto Superior Técnico

Publicado: 2002-12-31

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